ABERTURA

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ORAÇAO DO PERDÃO

(Nome da pessoa para quem voce ora)
Eu te perdoo e você me perdoa  também, pois somos um só perante Deus.
Eu te amo e você me ama tambem  pois somos um so perante Deus
Eu te agradeço e voce  me agradece  também
Muito obrigado..., muito obrigado...
...Já não mais existe nenhum ressentimento entre nós
Oro sinceramente pela tua felicidade...
Que você  seja  cada vez mais feliz
Deus lhe perdoou, portanto eu tambem  lhe perdoei
Da mesma forma Deus me perdoa os erros e me acolhe com seu imenso amor
Amém.    

USO DO ALCOOL NAS GIRAS DE UMBANDA

USO DO ALCOOL NA UMBANDA

Inicialmente quero observar o mesmo aspecto junto a outras religiões.

Com relaçao a um dos  milagres de Jesus Cristo, na qual a água foi transformada em vinho. Na Igreja Católica Apostólica Romana e nas Católicas Ortodoxas no sacramento da eucaristia o pão representa a carne de Cristo e o Vinho representa o sangue de Cristo, em uma ação que remete à última ceia, demonstrando a união de todos, a comunhão dos fiéis com o filho de Deus.

Em muitas religiões da África o vinho de palma, entre outras bebidas com teor alcoólico, são néctares das divindades. Os Gregos possuíam uma divindade para o Vinho, Baco. Em religiões e cultos xamânicos e ameríndios, em situações determinadas muitos pajés, fazem uso de bebidas com características semelhantes às alcoolizadas.

Enfim, diversas são as religiões que se utilizam da bebida alcoólica como um de seus fundamentos.

Na Umbanda não é diferente, o álcool tem um significado e uma utilização clara e com muito fundamento.

O álcool representa em si mesmo a essência dos elementos: é líquido, veio da terra (cana), pega fogo e é extremamente volátil. É da própria constituição que se assemelha ao éter, e assim à passagem do plano material para o etéreo.

Não só do ponto de vista magístico, mas de outros pontos de vista existe a razão da utilização desse elemento. Comprovadamente é um anti-séptico, ou seja, limpa e desinfeta regiões.

É utilizado como desinfetante. Junto com a água serve como excelente diluidor. O álcool 70 (álcool a 70%) é muito utilizado em hospitais e clínicas para a limpeza (assepsia) das mãos e de balcões e utensílios. O álcool de cereais é utilizado em muitos medicamentos para a sua conservação e diluição. O álcool em forma de brandy é utilizado na homeopatia e na medicina floral para a conservação dos medicamentos. Isto para citar alguns exemplos do uso desta substância.

Assim as entidades se utilizam da matéria etérica do álcool para as curas e desinfecções, além de seus efeitos no campo astral na limpeza de miasmas, larvas astrais e outros tipos de concentrações de energias .

Nenhum médium ingere bebidas alcoólicas antes de suas incorporações, aliás, devemos nos abster, pelo menos, 24horas antes do início das giras de qualquer bebida alcoólica.

Assim, as bebidas alcoólicas ingeridas pelos médiuns já incorporados não é feito para entrarem em um estado de consciência alterado, ou para entrarem em transe, uma vez que se o fizessem com esta finalidade deveriam fazer antes de sua manifestação mediúnica, e não após a mesma.

Ou seja, o álcool ingerido serve a outros propósitos que não o da embriaguez, ou para a alteração dos estados de consciência. “Mas se não tem esta razão por que se deve bebê-lo, e não apenas ter este elemento no ponto, ou no chão?” Alguns podem ainda questionar. Primeiramente devemos recordar que o álcool ingerido tem sua eliminação prioritariamente pelo sistema respiratório, ou seja, pelo pulmão.

Quando o álcool é absorvido pelo organismo, a primeira e maior parte do álcool é expelido na nossa respiração, é por isto que o bafômetro pode detectar quem ingeriu e quem não ingeriu álcool e qual a sua quantidade. Assim quando um médium incorporado toma a bebida alcoólica imediatamente ele começará a ser eliminado pelos pulmões. E o que é que as entidades fazem? Não dão sopros ou baforadas para limpar e ajudar a assistência? Não vão em suas consultas administrar vibrações, passes, e com eles aplicar sopros? É neste momento que o astral irá manipular o álcool para criar as condições necessárias para a limpeza, a materialização ou desmaterialização.

Então a entidade incorporada começa a soprar, dar suas baforadas nos consulentes criando as condições materiais e astrais para a realização da magia da Umbanda, sob o axé e a graça dos Orixás.

Cabe ainda ressaltar a importância do sopro a fim de citar a Bíblia, no livro do Gênesis, em que do barro Deus fez o homem e com o sopro lhe deu a vida. Os alquimistas e muitos cientistas dos séculos passados acreditavam que o sopro era a fonte de vida. Chamava o sopro a essência vital, sem ele não haveria vida. Os pajés em suas curas sempre fazem uso do sopro. As mães e pais quando um filho se afoga, se machuca logo vão assoprar suas crianças para lhe ajudarem.

Realçando assim  é pelo sopro  que se passa  energia vital, nossa vontade, nossas energias curadoras.

Com este ato, aliado ao álcool que criará as condições materiais e etéricas para a cura, aliado aos elementais, as energias da natureza, ao ectoplasma dos médiuns e a energia astral dos Guias e dos Orixás é que a Umbanda faz seu trabalho.

Enfim, o álcool é um dos fundamentos da Umbanda e é muito utilizado na magia e nas mirongas, saber o porquê de seu uso, e combater o preconceito quanto a ele, somente engrandece nossa força, e traz respeito aos fundamentos e a maneira de fazer caridade da Umbanda.

Saravá a todos!

Caetano de Oxossi

Dirigente do Terreiro de Umbanda Luz, Amor e Paz - Cabana do Pai Tobias de Guiné.
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CONVERSANDO COM DEUS...leia..vale apena

CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu…
DEUS: Sim? Estou aqui.
CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu…
DEUS: Aí, você chamou de novo.
CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?
CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo…
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.
CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome…
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?
CRISTÃO: Quero dizer… quer dizer, é… sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.


CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra
SANTIFICADO … “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu…”
DEUS: Está falando sério?
CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à Mim?
CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito…
DEUS: Óptimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.

CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: “o pão nosso de cada dia nos daí hoje…”
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
CRISTÃO: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”
DEUS: E o seu irmão desprezado?
CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto  parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei
CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?
CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga…
CRISTÃO: “E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal…”
DEUS: Óptimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.
CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!
CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
CRISTÃO: Terminar? Há, sim, “Amém!”
DEUS: O que quer dizer amém?
CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.


DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.
CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!
CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.
Fonte – http://paginas.fe.up.pt/~fsilva/port/pai_nosso_med.htm

BIOADEIROS

Os Boiadeiros


São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas giras de Umbanda.
Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.
Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.
O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano. Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.

Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como por exemplo cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha.
No Terreiro os Boiadeiros vêm "descendo em seus mediuns como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração.
Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus.
Quando o médium é mulher, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo o formato os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou composição de cores.
Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.
Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro”




Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.
Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa.
É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações.
Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.

Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.

O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.
Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.

Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).



. Sua maior finalidade não é a consulta como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha "sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos).

Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina.
Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros ''e no descarrego e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.
Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
texto extraido da sociedade espiritualista mata virgem 


terça-feira, 24 de janeiro de 2012


SENHORAS
As Senhoras são pertencentes ao Plano 6, segundo na escala hierárquica em Umbanda e se divide em quatro ramificações: OXUM, IEMANJÁ, IANSÃ e NANÃ
OXUM
Deusa do amor, protetora das crianças, rainha das águas doces, e das cachoeiras.
Elemento e Força da natureza correspondente à Oxum é a força da cachoeira.
Dia da Semana: Ela atua todos os dias da semana de 0hs às 6:00 hs, porém seu dia de maior vibração é o Sábado.
Chacra atuante: frontal
Planeta regente: Lua – no quarto de cheia
Nota musical: lá
Cor vibratória: azul (céu)
Cor representativa: azul (céu) – (roupas, etc.)
Cor da guia (colar): azul e branco
Saudação: Ai-ê-eu (olha eu)
Negativo: Dona Maria Padilha
Amalá: moqueca de peixe e pirão (feito com a cabeça do peixe)
Otí: água mineral
Comando da falange de Oxum: Cabocla Jupissiara
Local de entregas: cachoeiras
Representação no ponto riscado: coração ou cachoeira

IBEJI
Representa as crianças, que vivem, nas cachoeiras, nos campos à brincar.
As crianças riscam seus símbolos, em conjunto ou isolados, que são o Sol e a Lua. A linha de Ibeji é tão independente quanto a linha de Exu.
O elemento e força da natureza correspondente à Ibeji, são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos.
Dia da semana: domingo
Chacra atuante: cervical
Planeta regente: Mercúrio
Nota musical: Sol.
Cor vibratória: vermelho.
Cor representativa: rosa e azul escuro (roupas, etc.)
Cor da guia (colar): contas rosas e brancas, azuis e brancas, ou ainda, rosas, brancas e azuis em conjunto
Saudação : Ori Beijada
Negativo: Exu Tiriri.
Amalá: doce de qualquer qualidade
Otí: guaraná, soda, água c/ açúcar ou refrescos
Comando da falange: Doum.
Local de entregas: jardins floridos ou beira de praia

XANGÔ
Xangô pertence ao Plano 4 da Umbanda. Representa a JUSTIÇA, na acepção da palavra.
Elemento e força da natureza: as pedras (vivas), pedreiras à beira mar, etc.
Dia da semana: quarta-feira
Chacra atuante: cardíaco
Planeta regente: Júpiter
Nota musical: fá.
Cor vibratória: verde-musgo.
Cor representativa: marrom e todas suas nuanças
Cor da guia (colar): marrom e branco
Saudação: Kaô Cabecile
Negativo: Exu Gira-mundo
Amalá: rabo de vaca, quiabo e camarão
Otí: cerveja preta
Local de entrega: pedreira
NOTA: A pedra de Xangô para estar viva, tem que estar com limo, lodosa, pois que seca ela morrerá, por essa razão, deve-se manter o OTÁ de Xangô, sempre imerso n’água, acrescentando sempre, não trocar a água.
Na representação dos pontos riscados, são usados três tipos de machados.

NANÃ
É a vovó em Umbanda, representada por SANTANA.
Elemento e força da natureza correspondente a Nanã, são todas as águas e também o fluído animal.
Dia da semana: Ela atua todos os dias das 18hs às 0hs, porém seus dias de maior vibração, são os sábados e domingos.
Chacra atuante: frontal e cervical
Planeta regente: Lua (no quarto crescente) e Mercúrio.
Cor vibratória: violeta ou roxo.
Cor representativa: roxa (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): roxa e branca.
Saudação: Saluba Nanã.
Negativo: Nanã Burucum (vide nota *).
Amalá: caruru sem azeite e bem temperado.
Otí: água mineral, água natural ou champanhe.
Local de entrega: igual ao das Almas.
Comando da falange de Nanã: Cabocla Janaína.
Representação no ponto riscado: uma cruz.
NOTA: Nanã é conhecida na Umbanda, por dois nomes distintos:
Nanã Buruquê, a positiva, Avó de Oxalá e Nanã Burucum, a negativa, Mãe de todo Exu.
NOTA *: Ela é conhecida por dois nomes, pois ela comanda o ponto 0 na escala das freqüências, sendo portanto o ponto de partida e retorno das ditas freqüências; porém não são duas, mas sim uma única vibração.
NOTA No 1: Na época de Lua Cheia, não se deve apanhar água na cachoeira, pois virá com lama e sedimentos.
NOTA No 2: Na época de Lua Minguante pode-se entregar descargas, porém nunca iniciar qualquer trabalho, pois o mesmo estará fadado ao fracasso.

IANSÃ
Senhora dos Raios e Tempestades, representada por SANTA BÁRBARA.
O elemento e força da natureza correspondente Iansã, são as tempestades, raios e ventos.
Dia da semana: Ela atua todos os dias da semana das 12:00 hs às 18hs, porém o seu dia de maior vibração são a quarta-feira e o sábado.
Chacra atuante: frontal e cardíaco.
Planeta regente: Lua (no quarto de nova) e Júpiter.
Cor vibratória: amarelo-ouro.
Cor representativa: amarelo (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): amarelo e branco.
Saudação: Heparrei.
Negativo: Dona Maria Mulambo.
Amalá: acarajé (não suporta abóbora).
Otí: champanhe (exclusivamente).
Comando da falange de Iansã: Cabocla Jussara.
Local de entregas: beira de praia com pedras ou pedreira.
Representação no ponto riscado: raios.

IEMANJÁ
Rainha dos mares, mãe acolhedora, representada por NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
O elemento e força da natureza correspondente à Iemanjá, são as águas verdes (mares e oceanos).
Dia da Semana: Ela atua todos os dias da semana de 6:00 hs às 12:00 hs, porém o seu dia de maior vibração é o sábado.
Chacra atuante: frontal.
Planeta regente: Lua (no quarto minguante).
Nota musical: lá.
Cor vibratória: azul translúcido.
Cor representativa: branco azulado (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): cristal (branco).
Saudação: Ó dociaba ou Oiá.
Negativo: Dona Pomba-gira.
Amalá: vatapá ou manjar de milho branco.
Otí: água mineral ou champanhe.
Comando da falange de Iemanjá: Cabocla Jandira.
Local de entregas: beira das praias.
Representação no ponto riscado: ondas (vide abaixo).



Oxumarê


DIA: Terça-feira
CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
ELEMENTOS: Céu e terra
DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!
Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante movimento. Imaginem só o planeta Terra sem os movimentos de translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma noite permanente, um dia permanente. É preciso que a Terra não deixe de se movimentar, que após o dia venha a noite, que as estações do não se alterem, que o vapor das águas suba aos céus e caia novamente sobre a Terra em forma de chuva. Oxumaré não pode ser esquecido, pois o fim dos ciclos é o fim do mundo.
Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a renovação do universo.
Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé, onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá, aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.
Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.
Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a duplicidade de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito). Oxumaré mostra a necessidade do movimento da transformação.
Omulú é o irmão mais velho de Oxumaré, mas foi abandonado por sua mãe por ter nascido com o corpo coberto de chagas. Em tempo, não se pode condenar Nanã por esse acto, já que era um costume, quase uma obrigação ritual da época, que se abandonassem as crianças nascidas com alguma deformidade. O deus do destino disse a Nanã que ela teria outro filho, belíssimo, tão bonito quanto o arco-íris, mas que jamais ficaria junto dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nasceu Oxumaré.
Oxumaré que fica no céu
Controla a chuva que cai sobre a terra.
Chega à floresta e respira como o vento.
Pai venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida.
Características dos filhos de Oxumaré
São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável, incerto, de substituições constantes.
São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas, mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.
Extremamente activas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não podem parar.
São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água para o vinho, assim como Oxumaré, o Grande Deus do Movimento.


OSSÃE – Senhor da folha Verde, do conhecimento das Plantas Medicinais.

ALMAS
As Almas, pertencem ao 1o Plano em Umbanda. Aí se encontram os Preto-velhos, as Almas Cativas, as Almas Penadas e os Exus (batizados e coroados).
O Orixá das Almas é Seu Obaluaiê (São Lázaro ressuscitado), porém na Calunga Pequena (cemitério) é subordinado de seu Omolu.
O Exu batizado, muitas vezes se apresenta como Preto-velho Cruzado, sendo que 70% dos Preto-velhos que incorporam nos terreiros, são Exus batizados, que por evolução e mérito tem permissão para assim o fazer.
Elemento e Força da natureza: o fogo e a Terra.
Dia da semana: segunda-feira.
Chacra atuante: básico ou sacro.
Planeta regente: Saturno.
Nota musical: dó.
Cor vibratória: violeta.
Cor representativa: roxa ou carijó (roupas, etc.).
Cor da guia (colares): preta e branca ou lágrimas de Nossa Senhora.
Saudação: Adorê às Almas.
Negativo: Exu Pinga-fogo.
Amalá: carne seca, assada na brasa, com farofa de farinha de mandioca torrada, peixe assado na brasa e mingau das Almas.
Otí: café preto (forte, frio e sem açúcar), vinho tinto, vinho moscatel com mel de abelhas, cachaça com mel, etc.
Local de entrega: onde for determinado pela Entidade.
As Almas se dividem em: Santas, Benditas, Missionárias, Evolutivas, Apenadas, Zombeteiras e Trevosas (tenebrosas).
COMANDOS E REPRESENTAÇÕES DAS LINHAS DE UMBANDA
Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas em Umbanda.

LINHA DE OXALÁ
1. Caboclo Tupi – Representante de Oxalá na Linha das Almas
2. Caboclo Guarani – Representante de Oxalá na Linha de Oxossi
3. Caboclo Aymoré – Representante de Oxalá na Linha de Ogum
4. Caboclo Guaracy – Representante de Oxalá na Linha de Xangô
5. Caboclo Ubiratã – Representante de Oxalá na Linha de Ibeji
6. Caboclo Ubirajara – Representante de Oxalá na Linha de Senhoras
7. Caboclo Urubatão da Guia – Comando da Linha de Oxalá

LINHA DAS SENHORAS
1. Cabocla Janaína – Representante das Senhoras na Linha das Almas
2. Cabocla Jupissiara – Representante das Senhoras na Linha de Oxossi
3. Cabocla Jupiara – Representante das Senhoras na Linha de Ogum
4. Cabocla Jussara – Representante das Senhoras na Linha de Xangô
5. Cabocla Jacira – Representante das Senhoras na Linha de Ibeji
6. Cabocla Jandira – Comando da Linha das Senhoras
7. Cabocla Jupira – Representante das Senhoras na Linha de Oxalá

LINHA DE IBEJI
1. Yarirí – Representante de Ibeji na Linha das Almas
2. Crispiniano – Representante de Ibeji na Linha de Oxossi
3. Crispim – Representante de Ibeji na Linha de Ogum
4. Orí – Representante de Ibeji na Linha de Xangô.
5. Doum – Comando da Linha de Ibeji
6. Damião – Representante de Ibeji na Linha das Senhoras
7. Cosme – Representante de Ibeji na Linha de Oxalá

LINHA DE XANGÔ
1. Xangô Abomi – Representante de Xangô na Linha das Almas
2. Xangô Aganjú – Representante de Xangô na Linha das Almas
3. Xangô Alafim – Representante de Xangô na Linha de Ogum
4. Xangô Kaô – Comando da Linha de Xangô
5. Xangô Agojo – Representante de Xangô na Linha de Ibeji
6. Xangô Alufam – Representante de Xangô na Linha das Senhoras
7. Xangô Agodô – Representante de Xangô na Linha de Oxalá

LINHA DE OGUM
1. Ogum Megê – Representante de Ogum na Linha das Almas
2. Ogum Rompe Mato – Representante de Ogum na Linha de Oxossi
3. Ogum Guerreiro – Comando da Linha de Ogum
4. Ogum de Nagô – Representante de Ogum na Linha de Xangô
5. Ogum Dilê – Representante de Ogum na Linha de Ibeji
6. Ogum Beira Mar – Representante de Ogum na Linha das Senhoras
7. Ogum de Malê – Representante de Ogum na Linha de Oxalá

LINHA DE OXOSSI
1. Caboclo Arruda – Representante de Oxossi na Linha das Almas
2. Caboclo Pena Verde – Comando da Linha de Oxossi
3. Caboclo Araribóia – Representante de Oxossi na Linha de Ogum
4. Caboclo Cobra Coral – Representante de Oxossi na Linha de Xangô
5. Caboclo Guiné – Representante de Oxossi na Linha de Ibeji
6. Cabocla Jurema – Representante de Oxossi na Linha das Senhoras
7. Caboclo Pena Branca – Representante de Oxossi na Linha de Oxalá

LINHA DAS ALMAS
1. Vovó Maria Conga – Comando da Linha das Almas
2. Vovó Arruda – Representante das Almas na Linha de Oxossi
3. Pai Benedito – Representante das Almas na Linha de Ogum
4. Pai Tomé – Representante das Almas na Linha de Xangô
5. Pai Joaquim – Representante das Almas na Linha de Ibeji
6. Rei Congo – Representante das Almas na Linha das Senhoras
7. Pai Guiné – Representante das Almas na Linha de Oxalá

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

historia dos caboclos

São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.
Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente.
Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).
Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um "kiumba" ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.
A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.
Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.
Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam.Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.
Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo. A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos. Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados.conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Formas Incorporativas E Especialidade Dos Caboclos:
Caboclos De Oxum Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras.Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.  
Caboclos De Ogum
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
 Caboclos De Yemanjá
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.  
Caboclos De Xangô
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.
Caboclos De Nanã
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
Caboclos De Iansã
São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.  
Caboclos De Oxalá
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.
 Caboclos De Oxossi
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.
 Caboclos De Obaluaiê
São espíritos dos antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho,em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
Atribuições dos Caboclos
São entidades, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.
Assobios E Brados
    Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?  Muitos pensam que são apenas uma repetição dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Mas não é só isso. Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza. Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc. Os assobios, assim como os brados, assemelham-se à mantras; cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.
O Estalar De Dedos
 Por que as entidades estalam os dedos, quando incorporadas ?  Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima.  Nossa mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo. O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo astral; e a, descarga de energias negativas.