ABERTURA

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


SENHORAS
As Senhoras são pertencentes ao Plano 6, segundo na escala hierárquica em Umbanda e se divide em quatro ramificações: OXUM, IEMANJÁ, IANSÃ e NANÃ
OXUM
Deusa do amor, protetora das crianças, rainha das águas doces, e das cachoeiras.
Elemento e Força da natureza correspondente à Oxum é a força da cachoeira.
Dia da Semana: Ela atua todos os dias da semana de 0hs às 6:00 hs, porém seu dia de maior vibração é o Sábado.
Chacra atuante: frontal
Planeta regente: Lua – no quarto de cheia
Nota musical: lá
Cor vibratória: azul (céu)
Cor representativa: azul (céu) – (roupas, etc.)
Cor da guia (colar): azul e branco
Saudação: Ai-ê-eu (olha eu)
Negativo: Dona Maria Padilha
Amalá: moqueca de peixe e pirão (feito com a cabeça do peixe)
Otí: água mineral
Comando da falange de Oxum: Cabocla Jupissiara
Local de entregas: cachoeiras
Representação no ponto riscado: coração ou cachoeira

IBEJI
Representa as crianças, que vivem, nas cachoeiras, nos campos à brincar.
As crianças riscam seus símbolos, em conjunto ou isolados, que são o Sol e a Lua. A linha de Ibeji é tão independente quanto a linha de Exu.
O elemento e força da natureza correspondente à Ibeji, são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos.
Dia da semana: domingo
Chacra atuante: cervical
Planeta regente: Mercúrio
Nota musical: Sol.
Cor vibratória: vermelho.
Cor representativa: rosa e azul escuro (roupas, etc.)
Cor da guia (colar): contas rosas e brancas, azuis e brancas, ou ainda, rosas, brancas e azuis em conjunto
Saudação : Ori Beijada
Negativo: Exu Tiriri.
Amalá: doce de qualquer qualidade
Otí: guaraná, soda, água c/ açúcar ou refrescos
Comando da falange: Doum.
Local de entregas: jardins floridos ou beira de praia

XANGÔ
Xangô pertence ao Plano 4 da Umbanda. Representa a JUSTIÇA, na acepção da palavra.
Elemento e força da natureza: as pedras (vivas), pedreiras à beira mar, etc.
Dia da semana: quarta-feira
Chacra atuante: cardíaco
Planeta regente: Júpiter
Nota musical: fá.
Cor vibratória: verde-musgo.
Cor representativa: marrom e todas suas nuanças
Cor da guia (colar): marrom e branco
Saudação: Kaô Cabecile
Negativo: Exu Gira-mundo
Amalá: rabo de vaca, quiabo e camarão
Otí: cerveja preta
Local de entrega: pedreira
NOTA: A pedra de Xangô para estar viva, tem que estar com limo, lodosa, pois que seca ela morrerá, por essa razão, deve-se manter o OTÁ de Xangô, sempre imerso n’água, acrescentando sempre, não trocar a água.
Na representação dos pontos riscados, são usados três tipos de machados.

NANÃ
É a vovó em Umbanda, representada por SANTANA.
Elemento e força da natureza correspondente a Nanã, são todas as águas e também o fluído animal.
Dia da semana: Ela atua todos os dias das 18hs às 0hs, porém seus dias de maior vibração, são os sábados e domingos.
Chacra atuante: frontal e cervical
Planeta regente: Lua (no quarto crescente) e Mercúrio.
Cor vibratória: violeta ou roxo.
Cor representativa: roxa (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): roxa e branca.
Saudação: Saluba Nanã.
Negativo: Nanã Burucum (vide nota *).
Amalá: caruru sem azeite e bem temperado.
Otí: água mineral, água natural ou champanhe.
Local de entrega: igual ao das Almas.
Comando da falange de Nanã: Cabocla Janaína.
Representação no ponto riscado: uma cruz.
NOTA: Nanã é conhecida na Umbanda, por dois nomes distintos:
Nanã Buruquê, a positiva, Avó de Oxalá e Nanã Burucum, a negativa, Mãe de todo Exu.
NOTA *: Ela é conhecida por dois nomes, pois ela comanda o ponto 0 na escala das freqüências, sendo portanto o ponto de partida e retorno das ditas freqüências; porém não são duas, mas sim uma única vibração.
NOTA No 1: Na época de Lua Cheia, não se deve apanhar água na cachoeira, pois virá com lama e sedimentos.
NOTA No 2: Na época de Lua Minguante pode-se entregar descargas, porém nunca iniciar qualquer trabalho, pois o mesmo estará fadado ao fracasso.

IANSÃ
Senhora dos Raios e Tempestades, representada por SANTA BÁRBARA.
O elemento e força da natureza correspondente Iansã, são as tempestades, raios e ventos.
Dia da semana: Ela atua todos os dias da semana das 12:00 hs às 18hs, porém o seu dia de maior vibração são a quarta-feira e o sábado.
Chacra atuante: frontal e cardíaco.
Planeta regente: Lua (no quarto de nova) e Júpiter.
Cor vibratória: amarelo-ouro.
Cor representativa: amarelo (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): amarelo e branco.
Saudação: Heparrei.
Negativo: Dona Maria Mulambo.
Amalá: acarajé (não suporta abóbora).
Otí: champanhe (exclusivamente).
Comando da falange de Iansã: Cabocla Jussara.
Local de entregas: beira de praia com pedras ou pedreira.
Representação no ponto riscado: raios.

IEMANJÁ
Rainha dos mares, mãe acolhedora, representada por NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
O elemento e força da natureza correspondente à Iemanjá, são as águas verdes (mares e oceanos).
Dia da Semana: Ela atua todos os dias da semana de 6:00 hs às 12:00 hs, porém o seu dia de maior vibração é o sábado.
Chacra atuante: frontal.
Planeta regente: Lua (no quarto minguante).
Nota musical: lá.
Cor vibratória: azul translúcido.
Cor representativa: branco azulado (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): cristal (branco).
Saudação: Ó dociaba ou Oiá.
Negativo: Dona Pomba-gira.
Amalá: vatapá ou manjar de milho branco.
Otí: água mineral ou champanhe.
Comando da falange de Iemanjá: Cabocla Jandira.
Local de entregas: beira das praias.
Representação no ponto riscado: ondas (vide abaixo).



Oxumarê


DIA: Terça-feira
CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
ELEMENTOS: Céu e terra
DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!
Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante movimento. Imaginem só o planeta Terra sem os movimentos de translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma noite permanente, um dia permanente. É preciso que a Terra não deixe de se movimentar, que após o dia venha a noite, que as estações do não se alterem, que o vapor das águas suba aos céus e caia novamente sobre a Terra em forma de chuva. Oxumaré não pode ser esquecido, pois o fim dos ciclos é o fim do mundo.
Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a renovação do universo.
Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé, onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá, aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.
Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.
Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a duplicidade de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito). Oxumaré mostra a necessidade do movimento da transformação.
Omulú é o irmão mais velho de Oxumaré, mas foi abandonado por sua mãe por ter nascido com o corpo coberto de chagas. Em tempo, não se pode condenar Nanã por esse acto, já que era um costume, quase uma obrigação ritual da época, que se abandonassem as crianças nascidas com alguma deformidade. O deus do destino disse a Nanã que ela teria outro filho, belíssimo, tão bonito quanto o arco-íris, mas que jamais ficaria junto dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nasceu Oxumaré.
Oxumaré que fica no céu
Controla a chuva que cai sobre a terra.
Chega à floresta e respira como o vento.
Pai venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida.
Características dos filhos de Oxumaré
São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável, incerto, de substituições constantes.
São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas, mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.
Extremamente activas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não podem parar.
São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água para o vinho, assim como Oxumaré, o Grande Deus do Movimento.


OSSÃE – Senhor da folha Verde, do conhecimento das Plantas Medicinais.

ALMAS
As Almas, pertencem ao 1o Plano em Umbanda. Aí se encontram os Preto-velhos, as Almas Cativas, as Almas Penadas e os Exus (batizados e coroados).
O Orixá das Almas é Seu Obaluaiê (São Lázaro ressuscitado), porém na Calunga Pequena (cemitério) é subordinado de seu Omolu.
O Exu batizado, muitas vezes se apresenta como Preto-velho Cruzado, sendo que 70% dos Preto-velhos que incorporam nos terreiros, são Exus batizados, que por evolução e mérito tem permissão para assim o fazer.
Elemento e Força da natureza: o fogo e a Terra.
Dia da semana: segunda-feira.
Chacra atuante: básico ou sacro.
Planeta regente: Saturno.
Nota musical: dó.
Cor vibratória: violeta.
Cor representativa: roxa ou carijó (roupas, etc.).
Cor da guia (colares): preta e branca ou lágrimas de Nossa Senhora.
Saudação: Adorê às Almas.
Negativo: Exu Pinga-fogo.
Amalá: carne seca, assada na brasa, com farofa de farinha de mandioca torrada, peixe assado na brasa e mingau das Almas.
Otí: café preto (forte, frio e sem açúcar), vinho tinto, vinho moscatel com mel de abelhas, cachaça com mel, etc.
Local de entrega: onde for determinado pela Entidade.
As Almas se dividem em: Santas, Benditas, Missionárias, Evolutivas, Apenadas, Zombeteiras e Trevosas (tenebrosas).
COMANDOS E REPRESENTAÇÕES DAS LINHAS DE UMBANDA
Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas em Umbanda.

LINHA DE OXALÁ
1. Caboclo Tupi – Representante de Oxalá na Linha das Almas
2. Caboclo Guarani – Representante de Oxalá na Linha de Oxossi
3. Caboclo Aymoré – Representante de Oxalá na Linha de Ogum
4. Caboclo Guaracy – Representante de Oxalá na Linha de Xangô
5. Caboclo Ubiratã – Representante de Oxalá na Linha de Ibeji
6. Caboclo Ubirajara – Representante de Oxalá na Linha de Senhoras
7. Caboclo Urubatão da Guia – Comando da Linha de Oxalá

LINHA DAS SENHORAS
1. Cabocla Janaína – Representante das Senhoras na Linha das Almas
2. Cabocla Jupissiara – Representante das Senhoras na Linha de Oxossi
3. Cabocla Jupiara – Representante das Senhoras na Linha de Ogum
4. Cabocla Jussara – Representante das Senhoras na Linha de Xangô
5. Cabocla Jacira – Representante das Senhoras na Linha de Ibeji
6. Cabocla Jandira – Comando da Linha das Senhoras
7. Cabocla Jupira – Representante das Senhoras na Linha de Oxalá

LINHA DE IBEJI
1. Yarirí – Representante de Ibeji na Linha das Almas
2. Crispiniano – Representante de Ibeji na Linha de Oxossi
3. Crispim – Representante de Ibeji na Linha de Ogum
4. Orí – Representante de Ibeji na Linha de Xangô.
5. Doum – Comando da Linha de Ibeji
6. Damião – Representante de Ibeji na Linha das Senhoras
7. Cosme – Representante de Ibeji na Linha de Oxalá

LINHA DE XANGÔ
1. Xangô Abomi – Representante de Xangô na Linha das Almas
2. Xangô Aganjú – Representante de Xangô na Linha das Almas
3. Xangô Alafim – Representante de Xangô na Linha de Ogum
4. Xangô Kaô – Comando da Linha de Xangô
5. Xangô Agojo – Representante de Xangô na Linha de Ibeji
6. Xangô Alufam – Representante de Xangô na Linha das Senhoras
7. Xangô Agodô – Representante de Xangô na Linha de Oxalá

LINHA DE OGUM
1. Ogum Megê – Representante de Ogum na Linha das Almas
2. Ogum Rompe Mato – Representante de Ogum na Linha de Oxossi
3. Ogum Guerreiro – Comando da Linha de Ogum
4. Ogum de Nagô – Representante de Ogum na Linha de Xangô
5. Ogum Dilê – Representante de Ogum na Linha de Ibeji
6. Ogum Beira Mar – Representante de Ogum na Linha das Senhoras
7. Ogum de Malê – Representante de Ogum na Linha de Oxalá

LINHA DE OXOSSI
1. Caboclo Arruda – Representante de Oxossi na Linha das Almas
2. Caboclo Pena Verde – Comando da Linha de Oxossi
3. Caboclo Araribóia – Representante de Oxossi na Linha de Ogum
4. Caboclo Cobra Coral – Representante de Oxossi na Linha de Xangô
5. Caboclo Guiné – Representante de Oxossi na Linha de Ibeji
6. Cabocla Jurema – Representante de Oxossi na Linha das Senhoras
7. Caboclo Pena Branca – Representante de Oxossi na Linha de Oxalá

LINHA DAS ALMAS
1. Vovó Maria Conga – Comando da Linha das Almas
2. Vovó Arruda – Representante das Almas na Linha de Oxossi
3. Pai Benedito – Representante das Almas na Linha de Ogum
4. Pai Tomé – Representante das Almas na Linha de Xangô
5. Pai Joaquim – Representante das Almas na Linha de Ibeji
6. Rei Congo – Representante das Almas na Linha das Senhoras
7. Pai Guiné – Representante das Almas na Linha de Oxalá

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

historia dos caboclos

São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.
Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.
Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente.
Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).
Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um "kiumba" ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.
A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.
Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.
Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam.Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.
Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo. A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos. Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados.conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Formas Incorporativas E Especialidade Dos Caboclos:
Caboclos De Oxum Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras.Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.  
Caboclos De Ogum
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
 Caboclos De Yemanjá
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.  
Caboclos De Xangô
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.
Caboclos De Nanã
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
Caboclos De Iansã
São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.  
Caboclos De Oxalá
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.
 Caboclos De Oxossi
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.
 Caboclos De Obaluaiê
São espíritos dos antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho,em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
Atribuições dos Caboclos
São entidades, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.
Assobios E Brados
    Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?  Muitos pensam que são apenas uma repetição dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Mas não é só isso. Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza. Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc. Os assobios, assim como os brados, assemelham-se à mantras; cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.
O Estalar De Dedos
 Por que as entidades estalam os dedos, quando incorporadas ?  Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima.  Nossa mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo. O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo astral; e a, descarga de energias negativas.

PAI OXOSSI


 
Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.
Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.
Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.


Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda.
Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.


Características


Cor
Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)
Fio de Contas
Verde Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)
ErvasAlecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó. (Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto)
Símbolo
Ofá (arco e flecha).
Pontos da Natureza
Matas
Flores
Flores do campo
Essências
Alecrim
Pedras
Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)
Metal
Bronze (Latão)
Saúde
Aparelho Respiratório
Planeta
Vênus
Dia da Semana
Quinta-feira
Elemento
Terra
Chakra
Esplênico
Saudação
Okê Arô (Odé Kokê Maior)
Bebida
Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)
Animais
Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)
Comidas
Axoxô – milho com fatias de coco, Frutas.(Carne de caça, Taioba, Ewa - feijão fradinho torrado na panela de barro, papa de coco e frutas.)
Numero
6
Data Comemorativa
20 janeiro
Sincretismo:
S. Sebastião.
Incompatibilidades:
Mel, Cabeça de bicho (nos sacrifícios e alimentos), Ovo
Qualidades:
Êboalama, Orè, Inlé ou Erinlè, Fayemi, Ondun, Asunara, Apala, Agbandada, Owala, Kusi, Ibuanun, Olumeye, Akanbi, Alapade, Mutalambo



Atribuições

Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.




As Características Dos Filhos De Oxossi
O filho de Oxossi apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.
Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir.
Fisicamente, os filhos de Oxossi, tendem a ser relativamente magros, um pou  co nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxossi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos.
Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de Oxossi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo , é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
Os filhos de Oxossi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxossi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. Os filhos de Oxossi, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá.


Gostam de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos. É portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.
São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.
O tipo psicológico, do filho de Oxossi é refinado e de notável beleza. É o Orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.


Cozinha ritualística

Axoxô
É a comida mais comum de Oxossi. Cozinha-se milho vermelho somente em água, depois deixa-se esfriar, coloca-se numa Gamela e enfeita-se por cima com fatias de coco. (pode-se cozinhar junto com o milho, um pouco de amendoim).

Quibebe
Descasca-se e corta-se 1kg de abóbora em pedaços. Numa panela, faz-se um refogado com 2 colheres de manteiga e 1 cebola média picadinha, até que esta fique transparente ou levemente corada. Acrescenta-se 2 ou 3 tomates cortados em pedaços miúdos, 1 pimenta malagueta socada, e a abóbora picada. Põe-se um pouco de água, sal e açúcar. Tampa-se a panela e cozinha-se em fogo lento até que a abóbora esteja bem macia. Ao arrumar na travessa que vai à mesa, amassa-se um pouco.

Pamonha de milho verde
Rala-se 24 espigas de milho verde não muito fino. Escorre-se o caldo e mistura-se o bagaço com 1 coco ralado(sem tirar o leite do coco), tempera-se com sal e açúcar.
Enrola-se pequenas porções em palha de milho e amarra-se bem. Cozinha-se numa panela grande, em água a ferver com sal, até que desprenda um bom cheiro de milho verde.


Lendas De Oxossi

Como Oxossi Virou Orixá


Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre. A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a, cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir. No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi.

Orixá da Caça e da Fartura !!!


Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores
falharam em suas tentativas. Ela foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para ela preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). A mãe de Òsotokànsosó fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda". Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada pela mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxossi! Oxossi!" (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. Oxossi.


FONTE:Sociedade Espiritualista mata Virgem